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Paradoxos e paradigmas são palavras com significados muito arraigados no mundo corporativo. Por conta dos paradigmas somos obrigados a conviver com os paradoxos todos os dias, considerando a dificuldade de quebrá-los ou de resolvê-los à luz da razão. No que diz respeito ao relacionamento nas organizações, a razão não tem tido muito espaço.

Original

De acordo com o Aurélio, pai dos inteligentes, paradoxo é o conceito do que é ou parece contrário ao comum, um contrassenso, um absurdo, um disparate que contraria os princípios do pensamento humano ou que colide com as crenças e convicções da maioria das pessoas.

Paradigmas são modelos ou padrões previamente estabelecidos, seguidos ou imitados e não questionados pela maioria das pessoas. Por essa razão, quebrar paradigmas, na maioria dos casos, significa remar contra a corrente, estabelecer uma nova ordem das coisas, algo que poucas pessoas estão dispostas a fazer, para preservar seus empregos e evitar desgastes.

Em trinta anos de carreira profissional eu convivi com muitos paradoxos e paradigmas difíceis de lidar, cujos exemplos abaixo serão suficientes para ilustrar os conceitos:

Paradoxo: um gerente insensível era capaz de “matar a mãe para não perder uma festa de órfãos”, mas, em compensação, batia todas as metas de resultados por onde passava. Como pode um executivo sem escrúpulos ser admirado pela diretoria e ninguém abaixo dele ter coragem de enfrentá-lo? Atingir as metas é suficiente para encobrir as esquisitices humanas?

Paradigma: durante muito tempo, o excedente das bobinas de papel era retirado das máquinas com as mãos ou os pés dos trabalhadores para evitar o acúmulo de material no final do processo. Assim, foram necessários muitos acidentes de trabalho, quebra de padrão e alguns anos de conscientização até que o processo fosse alterado.

Paradoxos são disparates; paradigmas, padrões; paradoxos são absurdos; paradigmas, modelos; paradoxos geram frustrações; paradigmas, dilemas. Ambos exigem coragem e, por vezes, a rebeldia de alguém para mudá-los. Vejamos dois exemplos atuais:

Paradoxo: teoricamente, quanto mais os profissionais estudam, mais qualificações obtêm; na prática, a disputa por competências é cada vez maior, mas a possibilidade de exercê-las integralmente é cada vez menor. Isso não é frustrante?

Paradigma: teoricamente, quanto maior o número de cursos, maior a qualificação, a chance de crescer na empresa e o salário; na prática, quanto maior o nível educacional, maior a probabilidade de um dia ser demitido por conta do seu salário; são poucas as empresas que conseguem suportar os encargos trabalhistas incidentes sobre a folha de pagamento, portanto, esse modelo estabelecido fica difícil de ser quebrado.

Embora vivamos rodeados de paradoxos e paradigmas, devemos fazer um esforço descomunal para não nos entregarmos a eles. Os paradoxos nos desafiam e colocam em xeque nossos valores, esperanças e expectativas. Os paradigmas podem atrofiar a nossa inteligência a partir do momento em que concordamos em seguir a multidão, mesmo sabendo que ela caminha para o lado errado.

Compartilho a seguir uma pequena receita que vai ajudá-lo a enfrentar a hipocrisia corporativa de cabeça erguida. Talvez isso não o livre totalmente dos paradoxos e dos paradigmas, mas o levará a refletir sempre que estiver tentado a desviar a sua conduta.

Seja fiel aos princípios: ética, respeito, igualdade, liberdade, amor e paz são universais, portanto, valem para todas as pessoas na face da Terra; não fazer aos outros aquilo que você não gostaria que fizessem a você jamais sairá de moda.

Aceite, mas questione: ser flexível é uma coisa, ser submisso é outra; em pleno século 21 o estilo “goela abaixo” ainda existe, mas isso não o impede de contestar padrões e comportamentos inadequados que contrariam o senso comum ou ferem a sua dignidade.

Mude sempre que necessário: ninguém é obrigado a conviver com a hipocrisia, a indiferença e a insegurança, portanto, se as coisas não funcionam bem onde você está, tenha orgulho próprio e vá ser feliz em outro lugar.

Lute até o fim: flexível como o bambu, dizem os chineses, mas isso não impede o aumento da resistência e o fortalecimento do tronco durante as tempestades.

E por falar em paradigmas, as palavras de Benjamim Franklin, inventor e diplomata norteamericano, encerram a lição de hoje: “O fracasso quebra as almas pequenas e engrandece as grandes, assim como o vento apaga a vela e atiça o fogo da floresta.” Isso é que é paradigma.

Pense nisso e seja feliz!

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