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1 — O que é RAG e por que ele é necessário

A evolução dos modelos de linguagem (LLMs) trouxe novas possibilidades para criar sistemas de atendimento, mecanismos de busca e assistentes inteligentes capazes de interpretar perguntas e gerar respostas altamente naturais. Entretanto, mesmo os maiores modelos possuem limitações importantes: eles não sabem tudo, não são atualizados em tempo real e, às vezes, podem “inventar” informações — o fenômeno conhecido como alucinação .

Segundo o artigo de referência Arquitetura de uma solução baseada em RAG, esse problema ocorre quando o modelo tenta preencher lacunas do conhecimento com respostas plausíveis, porém incorretas. É como se um aluno tentasse responder qualquer pergunta, mesmo sem saber a matéria, apenas para parecer convincente.

Para enfrentar esses desafios, duas estratégias tradicionais surgiram:

  1. Treinar (ou ajustar) o modelo com novos dados — técnica chamada fine-tuning .

    Apesar de poderosa, é cara e exige tempo, infraestrutura e grande volume de dados de qualidade.

  2. Colocar todas as informações no próprio prompt — fornecendo documentos junto à pergunta.

    Porém, prompts têm limite de tamanho, e inserir textos enormes é inviável.

Assim, surge uma alternativa mais eficiente: RAG — Retrieval-Augmented Generation .

O RAG combina busca inteligente com geração de linguagem , permitindo que o modelo consulte dados externos antes de responder. Dessa forma, ele deixa de depender somente do conhecimento interno e passa a usar informações atualizadas, precisas e específicas.

Arquitetura de uma Solução baseada em RAG


Como o RAG resolve o problema

O princípio é simples:

  1. Armazena-se um conjunto de documentos (PDFs, sites, textos, registros internos etc.) em uma base vetorial.
  2. Quando o usuário faz uma pergunta, o sistema busca trechos relevantes desses documentos .
  3. Esses trechos são enviados ao LLM como referência.
  4. O LLM produz uma resposta fundamentada nesses dados reais.

Ou seja:

→ O RAG primeiro procura a informação (retrieval).

→ Depois, gera uma resposta (generation).

Essa combinação reduz alucinações, melhora a precisão e diminui custos, porque o modelo não precisa ser gigante nem treinado novamente sempre que os dados mudam.


Por que isso é tão importante para um sistema de busca?

Em aplicações reais — como seu próprio projeto busca.rapport.tec.br citado no artigo original — o RAG permite:

  • respostas atualizadas automaticamente conforme novos arquivos são inseridos;
  • busca semântica, que entende ideias e significados, não apenas palavras;
  • integração com documentos internos da empresa;
  • personalização por domínio (engenharia, direito, medicina, eletrônica etc.);
  • redução de custos operacionais;
  • alta precisão em informações sensíveis.

Imagine um técnico procurando normas técnicas, ou um aluno buscando explicações em PDFs do curso.

O RAG lê, organiza e conecta esses conteúdos ao modelo, gerando respostas baseadas exatamente nos arquivos que você definiu.

2 — Visão Geral da Arquitetura de um Sistema RAG

Um sistema de busca baseado em RAG não é apenas um modelo de linguagem respondendo perguntas. Ele é uma arquitetura completa , formada por vários componentes trabalhando juntos para transformar documentos brutos em respostas inteligentes, contextualizadas e confiáveis.

O artigo original apresenta um diagrama (página 2) que resume essa estrutura Arquitetura de uma solução baseada em RAG. A seguir, ampliamos e detalhamos cada etapa para que um iniciante compreenda com clareza como tudo se encaixa.


2.1. Dados de entrada: o ponto de partida

Tudo começa com uma coleção de informações que você deseja tornar pesquisáveis:

  • PDFs, arquivos TXT, DOCX
  • Páginas da web
  • Transcrições de vídeos ou áudios
  • Bases internas de conhecimento (procedimentos, manuais, políticas)

Esses dados são chamados de dados-fonte .

Segundo o artigo de referência, eles podem ser estruturados (JSON, CSV, XML) ou não estruturados (PDFs, sites, textos soltos).

O desafio é transformar todo esse material — muitas vezes extenso e heterogêneo — em algo que um LLM consiga usar.


2.2. Coleta e Extração

Nesta etapa, a arquitetura utiliza bibliotecas como LangChain para:

  • abrir PDFs, textos e páginas web;
  • extrair parágrafos, títulos, legendas e demais conteúdos úteis;
  • converter formatos diferentes em texto processável.

O arquivo destaca que o LangChain é uma ferramenta de orquestração — ou seja, ele organiza a passagem dos dados entre as etapas sem precisar reinventar componentes .


2.3. Divisão em Chunks (Fragmentação)

Por que dividir o texto?

Porque enviar um PDF inteiro para a busca não funciona. O LLM não consegue lidar com grandes volumes de uma só vez e a busca vetorial só funciona bem quando os textos são divididos em pequenos fragmentos — os chunks .

Esses chunks costumam ter:

  • entre 200 e 500 palavras,
  • ou algumas frases, dependendo da aplicação.

Essa divisão facilita a indexação e garante que as partes mais relevantes sejam encontradas.

O artigo reforça que o LangChain também fornece estratégias diversas para essa segmentação.


2.4. Geração de Embeddings

Os embeddings são o coração da busca semântica.

Eles representam trechos de texto como vetores matemáticos , permitindo comparar significados e não apenas palavras exatas.

O texto cita que o modelo text-embedding-ada-002 , da OpenAI, é amplamente usado para isso.

O processo é:

  1. Cada chunk vai para um modelo gerador de embeddings.
  2. Esse modelo transforma o texto em uma lista de números.
  3. Esses vetores são armazenados em um banco de dados especializado.

O resultado é uma base de conhecimento estruturada matematicamente.


2.5. Banco de Dados Vetorial

O artigo menciona o ChromaDB , mas também cita possibilidades como FAISS para indexação.

Esses bancos são diferentes dos bancos tradicionais:

  • Eles não armazenam linhas e colunas.
  • Eles armazenam vetores matemáticos representando significado.
  • Eles permitem buscas rápidas por “similaridade semântica”.

Quando o usuário faz uma pergunta, o sistema gera um embedding para essa pergunta e procura vetores semelhantes no banco.


2.6. Recuperação + Prompting

Aqui ocorre a parte “retrieval” do RAG.

  1. O usuário pergunta algo.
  2. O sistema cria um embedding dessa pergunta.
  3. O banco vetorial retorna os chunks mais semelhantes.
  4. Esses fragments são anexados à pergunta original.
  5. Tudo isso vira o prompt ampliado enviado ao LLM.

Isso garante que o modelo responda com base nos documentos reais , reduzindo erros e aumentando a confiabilidade.

O artigo deixa claro que esse processo melhora a qualidade das respostas porque oferece “material de referência associado com antecedência” ao modelo.


2.7. Geração da Resposta

Com os chunks relevantes anexados ao prompt, o LLM agora:

  • analisa o contexto extra,
  • identifica a resposta mais precisa,
  • gera um texto claro, coerente e fundamentado.

O artigo enfatiza que é possível especificar estilo, tom, tamanho e papel assumido (como especialista, técnico, professor etc.).

Isso produz um resultado controlado, seguro e alinhado ao domínio da aplicação.

3 — Os Procedimentos Internos de um Sistema RAG

Depois de compreender a visão geral da arquitetura, este capítulo aprofunda os procedimentos internos que permitem a um sistema RAG transformar documentos brutos em respostas inteligentes. O arquivo original descreve seis etapas principais, que aqui são explicadas de maneira didática e ampliada.


3.1. Coleta e Extração de Dados

Todo sistema RAG começa com a etapa de coleta : reunir os documentos que irão compor a base de conhecimento.

Segundo o texto base, esses documentos podem ser de dois tipos:

  • Dados estruturados: JSON, XML, CSV — organizados em colunas e campos conhecidos.
  • Dados não estruturados: PDFs, textos longos, páginas web, imagens, vídeos.

O desafio é transformar tudo isso em texto útil.

Aqui entram ferramentas como:

  • leitores de PDF,
  • extratores HTML,
  • OCR para imagens,
  • transcrição de áudio e vídeo,
  • módulos do próprio LangChain , capaz de lidar com formatos variados.

A função desta etapa é simples, mas crítica: não é possível buscar o que não está estruturado adequadamente .


3.2. Segmentação em Chunks

Após extrair os textos, o sistema precisa dividi-los em partes menores , chamadas chunks .

O arquivo explica que os chunks geralmente são frases ou pequenos parágrafos.

Mas por que isso é necessário?

  • Porque o limite de contexto de um LLM impede enviar documentos grandes.
  • Porque a busca semântica funciona melhor com pedaços compactos.
  • Porque segmentar aumenta a precisão: o sistema encontra trechos específicos, não arquivos inteiros.

Existem estratégias básicas (divisão por tamanho) e avançadas (segmentação por significado, títulos, subtítulos ou parágrafos).

O LangChain possui vários módulos para isso, tornando o processo automatizado.

Para o usuário final, essa etapa significa: o sistema encontrará respostas mais precisas e contextualizadas.


3.3. Criação dos Embeddings

Nesta fase, cada chunk é convertido em um vetor numérico — os embeddings .

O texto destaca o modelo text-embedding-ada-002 , da OpenAI, como uma das opções usadas para essa tarefa.

Em termos simples:

  • Um embedding é uma representação matemática do significado do texto.
  • Ao converter texto em números, é possível medir semelhança entre ideias.
  • Quanto mais próximos os vetores, mais parecidos os textos.

Isso permite busca semântica, isto é, busca por conceito , não apenas por palavra exata.

Exemplo simples:

“carro elétrico” e “veículo movido a bateria” terão embeddings muito próximos.

Embeddings são o coração do RAG: sem eles, não há busca inteligente.


3.4. Construção do Banco de Dados Vetorial

Com milhares (ou milhões) de embeddings gerados, é preciso armazená-los em um banco preparado para esse tipo de dado.

Segundo o artigo, o mais utilizado é o ChromaDB , mas outras opções citadas incluem mecanismos de indexação como FAISS.

O banco vetorial oferece:

  • armazenamento rápido e eficiente,
  • busca por similaridade,
  • indexação otimizada,
  • escalabilidade,
  • segurança.

Em vez de buscar por “palavra igual”, o sistema busca por “ideia semelhante”.

Isso é possível porque a comparação entre embeddings utiliza métricas como:

  • distância euclidiana,
  • similaridade de cosseno,
  • distância Manhattan.

Essas operações são matemáticas e extremamente eficientes.


3.5. Recuperação e Montagem do Prompt

Esta é a ponte entre o mundo da busca e o modelo de linguagem .

O processo descrito no texto é:

  1. O usuário faz uma pergunta.
  2. A pergunta é convertida em embedding.
  3. O banco vetorial retorna os chunks mais relevantes.
  4. O sistema monta o prompt composto :
    • a pergunta,
      • os trechos encontrados.
  5. O LLM usa esse material para gerar a resposta.

O artigo destaca que essa abordagem fornece ao LLM “materiais de referência associados com antecedência”, o que reduz drasticamente alucinações.

Em essência:

O LLM deixa de adivinhar e passa a responder com base em fatos.


3.6. Geração da Resposta Final

Agora o LLM entra em ação.

Com a pergunta e os chunks relevantes, o modelo:

  • interpreta o contexto,
  • sintetiza a resposta,
  • mantém coerência com os documentos,
  • adapta o estilo solicitado (técnico, informal, curto, longo etc.).

O arquivo destaca que o prompt pode instruir o LLM a agir como especialista em um determinado domínio, ou limitar o tamanho da resposta.

Isso torna o RAG extremamente adaptável para:

  • áreas médicas,
  • engenharia,
  • jurídico,
  • educação,
  • atendimento ao cliente,
  • pesquisa interna de empresas.

4 — Componentes Avançados que Tornam o RAG mais Eficiente

Até agora, estudamos a estrutura básica de um sistema RAG: coleta, segmentação, embeddings, banco vetorial, recuperação e geração.

Porém, o artigo original dedica uma parte importante aos componentes avançados capazes de elevar a qualidade, velocidade e precisão da solução.

Nesta seção vamos detalhar esses recursos extras e demonstrar por que eles diferenciam uma arquitetura básica de uma arquitetura realmente profissional.


4.1. Chunks mais sofisticados (segmentação inteligente)

O processo básico de segmentação divide o texto em partes de tamanho fixo, como 200 ou 500 palavras.

Esse método funciona, mas não compreende o significado do texto.

O artigo explica que sistemas mais avançados utilizam técnicas de Processamento de Linguagem Natural (PLN) para identificar trechos mais relevantes. Isso pode incluir:

  • Análise semântica;
  • Reconhecimento de entidades (nomes, datas, lugares, variáveis financeiras, componentes eletrônicos etc.);
  • Identificação de tópicos;
  • Uso de modelos de atenção para “destacar” o que realmente importa.

Ferramentas como spaCy são frequentemente usadas para isso.

Por que isso melhora o RAG?

  • Reduz ruído no banco vetorial;
  • Aumenta a precisão das buscas;
  • Evita retorno de trechos irrelevantes;
  • Melhora a qualidade do prompt composto.

Em aplicações reais — como bases técnicas, textos jurídicos ou manuais de engenharia — isso representa um salto de qualidade.


4.2. Cache semântico de respostas

A ideia aqui é simples e extremamente poderosa.

O artigo menciona bibliotecas como gptCache , capazes de armazenar respostas frequentes ou previsíveis.

Como funciona:

  1. O usuário faz uma pergunta.
  2. O sistema gera embedding dessa pergunta.
  3. Antes de acionar o banco vetorial e o LLM, o sistema compara com embeddings já armazenados.
  4. Se a pergunta for semelhante a uma anterior, retorna a resposta diretamente do cache.

Benefícios imediatos:

  • Redução de custos : cada chamada ao LLM tem preço — o cache evita chamadas repetidas;
  • Aumento da velocidade : respostas quase instantâneas;
  • Escalabilidade : menos carga no servidor;
  • Consistência : a resposta já validada é entregue novamente.

Sistemas corporativos, atendimentos e portais de conhecimento se beneficiam muito dessa abordagem.


4.3. Uso de múltiplas LLMs (orquestração inteligente)

O arquivo afirma que uma arquitetura madura pode integrar várias LLMs ao mesmo tempo.

Isso é um divisor de águas.

Por que usar mais de um modelo?

Cada modelo possui vantagens diferentes:

  • Modelos menores : rápidos, baratos e bons para consultas simples.
  • Modelos maiores (OpenAI, Anthropic, Gemini) : superiores em raciocínio e precisão.
  • Modelos open-source (LLaMA, Mistral, Qwen) : podem ser afinados (fine-tuned) para nichos específicos.

Como funciona na prática?

O sistema de orquestração — geralmente o LangChain , mencionado pelo artigo — decide qual modelo usar dependendo de:

  • tipo da pergunta;
  • domínio do conhecimento;
  • custo por token;
  • urgência;
  • privacidade necessária.

Exemplos:

  • Um modelo open-source afinado para eletrônica pode responder perguntas técnicas internas.
  • Um modelo maior e mais caro pode ser usado para respostas complexas, textos longos ou interpretações profundas.
  • Um modelo simples pode lidar com saudações e perguntas genéricas.

Isso torna o sistema flexível, econômico e inteligente .


4.4. Por que esses componentes avançados importam?

Sem esses recursos extras, o RAG funciona — mas não com eficiência de nível empresarial.

Os componentes avançados:

  • aumentam a precisão das respostas;
  • diminuem custos operacionais;
  • melhoram a velocidade do sistema;
  • ampliam a capacidade de lidar com grandes bases;
  • tornam a solução mais confiável para uso profissional.

O arquivo ressalta que essas melhorias “abrem caminho para aplicações mais econômicas e customizadas”.

Isso é crucial em contextos como:

  • atendimento ao cliente;
  • suporte técnico;
  • bases de conhecimento corporativas;
  • sistemas de consulta acadêmica;
  • motores de busca interativos.

5 — Integrando Tudo: Como um Sistema RAG Operacional Funciona na Prática

Nos capítulos anteriores, você conheceu cada peça individual da arquitetura RAG: coleta de dados, segmentação, embeddings, banco vetorial, recuperação semântica, prompting e geração de respostas.

Neste capítulo, unimos tudo isso em uma visão clara e operacional, permitindo que o leitor entenda como o fluxo completo se comporta do início ao fim .

O arquivo original descreve esse fluxo conceitual, e aqui o expandimos de maneira acessível a iniciantes.


5.1. Etapa 1 — Preparação da Base de Conhecimento

Tudo começa com documentos, mas o objetivo é chegar a uma base vetorial consultável .

Fluxo resumido:

  1. Coleta de PDFs, páginas web, planilhas e transcrições.
  2. Extração do conteúdo textual.
  3. Divisão do conteúdo em chunks.
  4. Geração de embeddings para cada chunk.
  5. Armazenamento desses vetores no banco vetorial (ex: ChromaDB, FAISS).

Resultado:

A base de conhecimento agora não é apenas um conjunto de arquivos; ela é um mapa matemático de significados .

Como o artigo explica, essa etapa “popula o banco vetorial com segmentos preparados para busca eficiente”


5.2. Etapa 2 — O Momento da Pergunta (Query)

Quando o usuário digita sua pergunta, o sistema inicia uma nova cadeia de processamento.

Passos internos:

  1. O texto da pergunta é convertido em embedding.
  2. Esse embedding é enviado ao banco vetorial.
  3. O banco retorna os chunks mais relevantes para aquela pergunta.
  4. Esses trechos são examinados e filtrados.
  5. O sistema monta o prompt contextual , anexando:
    • pergunta do usuário,
      • documentos relevantes encontrados.

O arquivo reforça exatamente esse comportamento na seção “Integração de Prompt e Resultados de Pesquisa”.


5.3. Etapa 3 — A Geração da Resposta

Agora o LLM recebe o prompt ampliado. Ele contém:

  • a pergunta original,
  • os trechos relevantes,
  • instruções de estilo ou formato da resposta.

O modelo então:

  • lê o material,
  • interpreta o contexto,
  • resolve inconsistências,
  • sintetiza o conhecimento,
  • produz a resposta final.

Essa resposta é fundamentada nos documentos da base — e não apenas no conhecimento interno do modelo.

Por isso ela é mais precisa, contextualizada e confiável.

O arquivo enfatiza que é possível definir:

  • tom (formal, técnico, simples),
  • tamanho (curto, longo, resumo),
  • papel (especialista, professor, técnico).

5.4. Etapa 4 — Otimizações Automáticas Durante a Execução

Um sistema RAG profissional não para por aí. Ele incorpora otimizações permanentes:

1. Cache semântico

Se perguntas semelhantes forem feitas, o sistema não precisa acionar o LLM.

Respostas são recuperadas instantaneamente (citadas no artigo como gptCache).

2. Múltiplas LLMs

O orquestrador seleciona o modelo mais eficiente para cada tipo de pergunta.

O artigo mostra exemplos de LLaMA open-source e modelos da OpenAI trabalhando juntos.

3. Segmentação avançada

SpaCy e técnicas de PLN melhoram a precisão da busca e a relevância dos chunks.

4. Aprimoramento contínuo

Novos documentos alimentam automaticamente o banco vetorial, mantendo tudo atualizado sem retrainings caros.


5.5. O Resultado: Respostas Inteligentes sem Alucinação

A arquitetura completa garante:

  • atualização contínua,
  • precisão baseada em fatos,
  • respostas consistentes,
  • escalabilidade,
  • eficiência de custos,
  • capacidade de atender usuários leigos e técnicos.

O arquivo original resume esse potencial ao afirmar que a combinação RAG + LangChain oferece “um método robusto e flexível para enfrentar os desafios da geração de respostas precisas e relevantes”.

6 — Conclusão: Por que o RAG se tornou o novo padrão em sistemas de busca inteligentes

Ao longo deste artigo, exploramos a arquitetura completa de uma solução de busca baseada em RAG — Retrieval-Augmented Generation , unindo teoria e prática para que profissionais, estudantes e iniciantes em eletrônica, informática e tecnologia compreendam seu funcionamento.

O arquivo original destaca que as LLMs transformaram o modo como interagimos com informações , mas também expõe limitações naturais desses modelos quando dependem apenas do conhecimento interno — como desatualização, respostas incompletas e alucinações .

O RAG surge justamente como uma resposta moderna, econômica e flexível para superar essas limitações.


6.1. O que o RAG mudou na prática

Antes do RAG, sistemas de atendimento, chatbots e assistentes virtuais tinham duas escolhas ruins:

  1. Treinar modelos gigantes — caro, demorado e inviável para a maioria das empresas.
  2. Enfiar centenas de páginas no prompt — limitado, ineficiente e vulnerável a erros.

O RAG rompeu essas barreiras ao permitir que:

  • o modelo consulte dados externos em tempo real;
  • as respostas incluam fatos verificáveis dos documentos;
  • a base seja atualizada sem retrainings;
  • o custo por chamada ao LLM seja reduzido;
  • a precisão aumente drasticamente.

Em outras palavras, o RAG trouxe conectividade e inteligência ao mesmo tempo .


6.2. Uma arquitetura modular que aprende continuamente

O sistema RAG não é estático.

Ele se comporta como uma plataforma viva:

  • novos documentos podem ser adicionados a qualquer momento;
  • embeddings e chunks podem ser recalculados conforme a necessidade;
  • o banco vetorial cresce e melhora com o tempo;
  • múltiplas LLMs podem cooperar;
  • modelos especializados podem ser adicionados;
  • caches aceleram respostas sem comprometer a qualidade.

Essa modularidade faz com que o RAG se adapte a empresas de todos os portes — de pequenos laboratórios a grandes corporações.


6.3. A combinação RAG + LangChain como padrão do mercado

O artigo enfatiza que o LangChain se tornou o framework mais utilizado para orquestrar:

  • leitura e extração de arquivos;
  • segmentação e processamento;
  • embeddings;
  • armazenamento vetorial;
  • busca semântica;
  • integração com múltiplas LLMs;
  • fluxos de geração de respostas.

Essa integração simplifica o desenvolvimento e permite que programadores foquem no produto final, não na complexidade interna dos modelos.

Para iniciantes, isso significa um caminho acessível para construir sistemas profissionais.

Para especialistas, significa robustez e escalabilidade.


6.4. O impacto para o futuro dos sistemas de busca

Com o RAG, soluções de busca deixam de ser simples mecanismos de “palavra-chave” e passam a funcionar como sistemas cognitivos , capazes de:

  • compreender a intenção do usuário;
  • buscar conceitos, não palavras;
  • comparar significados;
  • justificar respostas com base na fonte original;
  • aprender continuamente com novos dados.

Isso abre espaço para aplicações como:

  • bases de conhecimento corporativas inteligentes;
  • sistemas de suporte técnico contextualizado;
  • buscas acadêmicas com análise semântica;
  • assistentes especializados em engenharia, medicina, direito etc.;
  • sistemas embarcados e IoT integrados a modelos locais;
  • plataformas educacionais totalmente personalizadas.

Como menciona o texto-base, essa abordagem “abre caminho para aplicações mais econômicas, customizadas e eficientes”.

6.5. O RAG não é o futuro — é o presente

Em síntese:

  • É escalável.
  • É acessível.
  • É preciso.
  • É modular.
  • É fácil de manter.
  • E, principalmente, funciona na prática .

Grandes empresas, universidades, startups e até laboratórios individuais já estão adotando essa arquitetura.

E, como demonstra o seu próprio projeto busca.rapport.tec.br , sistemas RAG tornam possível criar uma experiência de busca profissional mesmo em ambientes com recursos limitados.


Conheça nosso sistema de busca baseado em RAG: https://busca.rapport.tec.br

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Carlos Delfino

Escrito por:

Desenvolvedor e consultor para projetos com Microcontroladores e Mobile

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