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Vou contar neste rápido post, um acontecimento de minha história de quando comecei com a informática, eu era um jovem e tinha em torno de 13 a 14 anos, não me lembro se já tinha comprado meu TK90x.

Quando eu tinha em torno de 13 a 14 anos eu trabalhei como estagiário em uma escola na rua Guajajáras esquina com Espirito Santo, se não me engano, em Belo Horizonte, eu já tinha um pequeno conhecimento em programação Basic que adiquiri ao estudar no Colégio Nossa Senhora de Pompeia no laboratório de informática que foi montado com Apple II na época, e eu frequentava com uma autorização especial para não matar aulas.

Durante o estágio, comprei uma revista que ensinava a programação mais avançada, e havia um pequeno software de AutoCAD básico, e como todo exemplo de programação, e como todo exemplo que vem nestas revistas era cheio de erros, e consegui corrigir quase todos eles, o bom é que os Apple II desta escola tinham mouse então dava para implementar muitas funcionalidades, eu já consegui fazer alguns desenhos bem complexos.

E como todo programador desajeitado, timido e que usavam oculos de lentes grossas, eu era apaixonado pela bonitona que ficava longe do meu alcance e que siquer me percebia, pois era uns 5 a 10 anos mais velha que eu, mas eu queria impressiona-la, o mais interessante é que era uma escola de informática e todos ali estudavam ou enganharia ou ciẽncia da computação, seja na PUC, CEFET ou UFMG, mas ela era só a secretária do curso, mas ela só dava bola para os mais velhos, e tem mais história ai.

Então, o máximo que eu podia fazer era melhorar o máximo o software, e desenhei um conversível, na inocencia juvenil a chamei para mostra-la, ela olhou, perguntou o que era aqueles rabiscos verdes serrilhados, chegou a sugerir que pareciam um carro, e que até poderia andar nele, os demais colegas da escola duvidaram que aquele menino matador de aulas, poderia ter escrito aquele código, realmente não escrevi, copiei da revista e apenas corrigi os bugs, e melhorei algumas coisas.

Na época não sabia o que era sequer eixos cartesianos, muitos menos sabia oque era trigonometria, se alguém perguntasse poderia dizer que era algo ligado a trigo. Não tinha a menor ideia, nada além da matemática da sétima séria que era onde eu estava.

A informática foi o que me fez se interessar por algo, foi o que me fez querer estudar e aprender, mas a escola não entendia meu jeito de ser, e minha natureza, e todos a minha volta incluindo minha familia só sabia me apontar o dedo e fazer acusações. O que me desmotivava e semeou sentimentos que luto contra até hoje. Sim até hoje quando tenho meio século de vida.

Hoje, neste dia estou estudando um pouco sobre Números Imaginários

Sobre o software? não sei onde foi parar, um dia sai da escolinha acho que fui trabalhar como office boy em outra empresa, não me lembro, aquilo tudo era apenas uma brincadeira, e como todos a minha volta tratavam tudo como algo tão irrelevante, eu apenas tinha a satifação de concluir, depois jogava foram.

Eu poderia ter ganhado muito dinheiro se tivesse evoluido estes softwares, se tivesse me dedicado mais, sem dúvida, não foi só estes softare, tambem teve o software de gestão de processos que eu migrei do dBase para Clipper que foi escrito pelo meu colega Carlos Magno, poderiamos ter feito uma bela parceria, mas eu nunca fui ganancioso, mas dentro de mim sempre carreguei esta carga emocional depositada por minha familia que eu não era grandes coisas.

Mas hoje vou levando a vida.

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Carlos Delfino

Escrito por:

Desenvolvedor e consultor para projetos com Microcontroladores e Mobile

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Atualizado em